Em plena crise, o pensamento inquieta-se e interroga-se; ele pesquisa as causas mais profundas do mal que atinge a nossa vida social, politica, económica e moral.
As correntes de ideias, de sentimentos e interesses chocam brutalmente, e deste choque resulta um estado de perturbação, de confusão e de desordem que paralisa toda a iniciativa e se traduz na incapacidade de encontrarmos soluções para os nossos males.
Portugal perdeu a consciência de si mesmo, da sua origem, do seu génio e do seu papel, de herói intrépido, no mundo. Chegou a hora do despertar, do renascimento, de eliminar a triste herança que os povos do velho mundo nos deixaram, as bafientas formas de opressão monárquicas e teocráticas, a centralização burocrática e administrativa latina, com as habilidades, os subterfúgios da sua politica e dos seus vícios, toda esta corrupção que nos tolda a alma e a mente.
Para reencontrar a unidade moral, a nossa própria consciência, o sentido profundo do nosso papel e do nosso destino, isto é, tudo o que torna uma nação forte, bastaria a nós portugueses eliminar as falsas teorias e os sofismas que nos obscurecem o caminho de ascensão à luz, voltando à nossa própria natureza. Às nossas origens étnicas, ao nosso génio primitivo, numa palavra, à rica e ancestral tradição lusitana e/ou celtibera, agora enriquecida pelo trabalho e o progresso dos séculos.
Um país, uma nação, um povo sem conhecimento, saliência do seu passado histórico, origem e cultura, é como uma árvore sem raízes. Estéril e incapaz de dar frutos.

Caldeirão Mágico


Paganismo e neo-paganismo. Politeísmo, xamanismo, panteísmo e animismo.

Paganismo



Paganismo (do latim paganus, que significa "habitante do campo", "rústico") é um termo geral, normalmente usado para se referir a tradições religiosas politeístas.


É usado principalmente em um contexto histórico, referindo-se a mitologia greco-romana, bem como as tradições politeístas da Europa e do Norte da África antes da cristianização. Num sentido mais amplo, seu significado estende-se às religiões contemporâneas, que incluem a maioria das religiões orientais e as tradições indígenas das Américas, da Ásia Central, Austrália e África, bem como às religiões étnicas não-abraâmicas em geral. Definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais que não são organizadas como religiões civis. Uma característica das tradições pagãs é a ausência de proselitismo e a presença de uma mitologia viva, que explica a prática religiosa.
Na perspectiva cristã, o termo foi historicamente usado para englobar todas as religiões não-abraâmicas. O termo "pagão" é uma adaptação cristã do "gentio" do judaísmo e, como tal, tem um viés abraâmico inerente, com todas as conotações pejorativas entre o monoteísmo ocidental, comparáveis aos pagãos e infiéis também conhecidos como kafir (كافر) e mushrik no Islã. O historiador Peter Brown observa:
A adoção da palavra latina paganus pelos cristãos como um termo pejorativo abrangente para politeístas, representa uma vitória imprevista e, singularmente, de longa duração de um grupo religioso, com o uso de uma gíria do latim originalmente desprovida de significado religioso. A evolução ocorreu apenas no Ocidente latino e em conexão com a igreja latina. Em outra parte, "heleno" ou "gentios" (ethnikos) manteve-se a palavra "pagão"; e paganos continuou como um termo puramente secular, com toques de inferioridade.
Por esta razão, etnólogos evitam o termo "paganismo", por seus significados incertos e variados, referindo-se à fé tradicional ou histórica, preferindo categorias mais precisas, tais como o politeísmo, xamanismo, panteísmo ou animismo.
Desde o século XX, os termos "pagão" ou "paganismo" tornaram-se amplamente utilizados como uma auto-designação por adeptos do neopaganismo. Como tal, vários estudiosos modernos têm começado a aplicar o termo de três grupos distintos de crenças: politeísmo histórico (como a mitologia celta e o paganismo nórdico), religiões indígenas, folclóricas e étnicas (como a religião tradicional chinesa e as religiões tradicionais africanas) e o neopaganismo (como a wicca, o reconstrucionismo helénico e o neopaganismo germânico).
           
Etimologia


A palavra pagão provém do latim paganus, cujo significado é o de uma pessoa que viveu numa aldeia, num dado país, um rústico. O uso mais comum da palavra no latim clássico era utilizado para designar um civil, alguém que não era um soldado. Em torno do século IV, o termo paganus começou a ser utilizado entre os cristãos no Império Romano, para se referir a uma pessoa que não era um cristão e que ainda acreditava nos antigos deuses romanos.


Os estudiosos ofertam três explicações para a utilização da palavra. A primeira é que a população cristã era geralmente concentrada nas cidades de Roma e Constantinopla, enquanto as pessoas das áreas rurais - os pagani - geralmente eram adeptos da "velha religião", adorando Júpiter e Apolo em vez de Cristo. Orosius Histories 1. Prol. "Ex locorum agrestium compitis et pagis pagani vocantur." A segunda possível explicação é a de que os cristãos referiam-se a si próprios como milites - soldados de Cristo; e chamavam os não-cristãos de pagani - os civis. Uma terceira explicação é que paganus pode significar simplesmente um estranho, não parte da comunidade, e os primeiros cristãos utilizavam essa palavra desta maneira.
Paganus passado em eclesiástico latino, quando chegou ao longo do tempo para se referir à fiel de qualquer religião que não sejam o cristianismo.
Nos estudos académicos acerca do Paganismo, têm sido discriminados alguns conceitos de referência:
Paleopaganismo
Incluem-se neste conceito as religiões do antigo Egipto, do mundo greco-romano da Antiguidade Clássica, a antiga religião dos celtas (Druidismo), a religião Norse ou mitologia nórdica, Mitraísmo, bem como as religiões das populações Nativo-americanos, como a religião Asteca, etc.

Religiosidade


Dos pontos comuns a todas as sociedades da Cultura Pagã, surgem as características das religiões pagãs, ou seja, dos esquemas que dão forma e concretude à espiritualidade pagã. Talvez possamos listar, com pouca margem de erros, as seguintes:


          Talvez a principal característica da religiosidade pagã seja a radical imanência divina, ou seja, a divindade se encontra na própria Natureza (o que inclui os humanos), manifestando-se através dos seus fenómenos.
          A ausência da noção de pecado, inferno e mal absoluto. Como a relação com os deuses é sempre pessoal e directa, a ideia de uma afronta à divindade é tratada também pessoalmente, ou seja, entre o cidadão e a Divindade ofendida. Assim, sem noção de pecado, também não há noção de santidade ou do profano.
          A sacralidade da Terra também levou à ausência de templos, o que, no entanto, não impede a noção de Sítios Sagrados, em geral bosques, poços ou montanhas. Templos Pagãos são um desenvolvimento muito posterior.
          A imanência dos deuses e a ideologia da ancestralidade divina, confere à divindade características antropomórficas e as relações tendem a ser estreitadas ao longo da vivência religiosa.
          O calendário religioso se confunde com o calendário sazonal e agrícola, o que lhe confere um carácter de fertilidade. Portanto, as festividades acontecem nos momentos de mudança e auge de ciclos naturais.
          Essas relações pessoais humanos/deuses, leva à ausência de dogmatismos ou estruturas religiosas padronizadas, havendo, pois, uma grande liberdade de culto: cada cidadão tem liberdade de cultuar dos Deuses em sua casa, da forma que desejarem. Basicamente, é uma religiosidade doméstica ou de pequenos grupos com laços de sangue ou de compromisso. No entanto, os Grandes Festivais são sempre rituais comunitários, pois comprometem todos os membros da comunidade.
          A relação mágica com a Natureza obviamente se traduz numa religiosidade mágica, isto é, a espiritualidade pode ser atingida pela manipulação da carne e dos elementos, através do corpo e da manipulação da natureza, os chamados "feitiços".
          A divindade sendo representada no mundo terreno torna as religiões pagãs em religiões de menor conflito interior, ou seja, que não pregam a necessidade de se dominar ou conter impulsos ou pulsões naturais, mas deixá-las fluir livremente, sem culpa. Por isso, também são religiões intuitivas, corporais e emocionais. Em geral, os pagãos valorizam mais a vivência da religiosidade pelo corpo, com ausência da noção metafísica platônico-socrática e judaico-cristã de corpo x espírito.
          O respeito aos ancestrais e o tradicionalismo que isso implica, faz das religiões pagãs uma experiência de continuidade do egrégor ancestral, ou seja, a repetição dos mesmos ritos, na mesma época, cria a união mística com todos aqueles que já celebraram antes. Nesse momento, o tempo é rompido e se estabelece uma relação mágica com ele também: a repetição do rito torna presente o momento primitivo da sua realização e todos aqueles que, ao longo dos séculos, dele tenham participado.
          A perspectiva cíclica do tempo dá a certeza do eterno retorno. Embora alguns povos tenham desenvolvido a ideia de um "Outro Mundo", a vida pós-morte nunca foi um ideal Pagão, pois isso significaria ficar fora do ciclo e, portanto, da comunidade. Assim, o "Outro Mundo" (para aqueles que desenvolveram essa ideia) será apenas uma passagem entre uma vida e o renascimento. O encontro com a Deidade se dá sempre na comunhão com a Natureza, e não no Outro Mundo.

Obviamente, diferentes povos da Cultura Pagã desenvolveram suas liturgias e costumes religiosos típicos, locais e ancestrais, o que pode aparecer como diferenças entre religiões. No entanto, essas características básicas permanecem, pois são típicas do Paganismo.

 Cultura


Na Europa há um tronco da religiosidade pagã, com as suas ramificações germânicas e célticas, que se mostra linear quanto a algumas características:


          A sua raiz paleolítica, dos tempos de grupos nomadas de caçadores-colectores, a principal característica é uma forte ligação à terra, à Natureza, tida como sagrada e viva.
          A sua origem matriarca, há um sentimento de corresponsabilidade entre todos os membros da comunidade, ligados por laços de parentesco a uma ancestral comum.
          Esse sentimento de ancestralidade é partilhado também com a Natureza e particularmente com os seres vivos, levando a um fundamental respeito a todas as formas de vida e existência.
          Por isso, a cultura Pagã tem uma relação mágica com a Natureza.
          Noção cíclica do tempo, a partir da ciclicidade dos fenômenos naturais (estações do ano, lunação, movimentos do sol, etc), em contraste à noção linear das culturas de matriz abraâmica.
          O consequente sentimento de profunda responsabilidade e parceria com a Natureza, tornando os humanos corresponsáveis pela continuidade do círculo.
          O que, por outro lado, também leva a um profundo respeito pelos antepassados, que sacrificaram suas vidas para que a comunidade continue a existir.
          Desenvolvimento de uma medicina natural, baseada nas qualidades curativas das ervas, e xamânica, baseada no poder fértil da Natureza e na relação mágica com a realidade.

Havendo uma enorme diversidade entre as muitas religiões pagãs no mundo, estas características ilustram apenas as mais significativas ramificações europeias.

Neopaganismo


O Neopaganismo inclui religiões reconstruídas como o reconstrucionismo do Politeísmo Helênico, Celta ou Germânico, bem como modernas tradições ecléticas como Discordianismo, ou Wicca e suas muitas correntes.
Muitas dessas "reconstruções", como o Wicca e Neo-druidismo em particular, têm suas raízes no Romantismo do século XIX e reter os elementos visíveis do ocultismo ou teosofia que estavam em curso, então, que os distingue religião e folclore histórico rural (paganus).
Nos Estados Unidos estão cerca de um terço de todos os neopagãos em todo o mundo, representando cerca de 0,2% da população do país, figurando como a sexta maior denominação não-cristã, depois do judaísmo (1,4%), islamismo (0,6%), budismo (0,5%), hinduísmo (0,3%) e o Unitário-Universalismo (0,3%).
Na Islândia, os membros do grupo neopagão Ásatrúarfélagið representam 0,4% da população total do país. Na Lituânia, muitas pessoas Romuva, uma versão reconstruída da religião pré-cristã do país. A Lituânia foi uma das últimas áreas da Europa a ser cristianizada.
Há uma série de autores neopagãos que analisaram a relação dos movimentos reconstrucionistas do século XX com o politeísmo histórico e com as tradições contemporâneas de religião e folclore indígena. Isaac Bonewits introduz uma terminologia para fazer essa distinção.
          Paleopaganismo: Um retrônimo cunhado para contrastar com o "neopaganismo"; é o "politeísmo original, centradas em fés da natureza", como a religão grega pré-helênica e a religião romana pré-império, o período da mitologia nórdica pré-migração, tal como descrito por Tácito ou o politeísmo celta como descrito por Júlio César. Entre os movimentos que permanecem entre as "grandes religiões", Bonewits aponta o hinduísmo paleopagão, tal como existia antes da invasão islâmica da Índia, o xintoísmo e o taoísmo.
          Mesopaganismo: um grupo que é, ou foi, significativamente influenciado pela visão de mundo monoteísta, dualista, ou não-teísta, mas foi capaz de manter uma independência de práticas religiosas. Este grupo inclui os aborígenes americanos, bem como os aborígenes australianos, o paganismo nórdico da Era Viking e a espiritualidade da Nova Era. As influências incluem: Maçonaria, Rosacrucianismo, Teosofia, Espiritismo e as muitas crenças afro-diaspóricas, como o Vodou haitiano, religião Santeria e Espiritu. Isaac Bonewits inclui Wicca Tradicional Britânica nesta subdivisão.
          Neopaganismo: um movimento do povo moderno para reanimar o culto da natureza, as religiões pré-cristãs ou outros caminhos espirituais baseados na natureza. Esta definição pode incluir qualquer movimento na escala do reconstrucionismo em uma extremidade, até grupos não-reconstrucionistas, como o Neo-druidismo e a Wicca, na outra.

Prudence Jones e Nigel Pennick no seu livro "História da Europa Pagã" (1995) classifica "as religiões pagãs" pelas seguintes características:

          Politeísmo: religiões pagãs que reconhecem uma pluralidade de seres divinos, que podem ou não podem ser considerados aspectos de uma unidade básica;
          "Baseado na natureza": as religiões pagãs que têm uma noção da divindade da natureza, que eles vêem como uma manifestação do divino, não como a criação do "caído" encontrado na cosmologia dualista.
          "Sagrado feminino": religiões pagãs que reconhecem "o princípio feminino divino", identificado como "Deusa" (em oposição a deusas individuais), além ou no lugar do princípio divino masculino, expressa no Deus abraâmico.


Wicca



Wicca é uma religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs e práticas da Europa ocidental que afirma a existência do poder sobrenatural (como a magia) e os princípios físicos e espirituais masculinos e femininos que inteiram a natureza, e que celebra os ciclos da vida e os festivais sazonais, conhecidos como Sabbats, os quais ocorrem, normalmente, oito vezes por ano. Autoridades como Alex Sanders referem-se a ela como religião natural, "a mais antiga do mundo" É muitas vezes referida como Witchcraft (em português: "bruxaria") ou the Craft por seus seguidores, que são conhecidos como Wiccanos ou Bruxos. Suas origens contestadas residem na Inglaterra no início do século XX, mas foi popularizada nos anos 50 por Gerald Gardner, que na época chamava a religião de "culto às bruxas" e "bruxaria", e seus seguidores "a Wica". A partir dos anos 60 seu nome foi normalizado para "Wicca".

A Wicca é uma religião politeísta, de culto basicamente dualista, que crê tradicionalmente na Mãe Tríplice e no Deus Cornífero, ou religião matriarcal de adoração à Deusa mãe. Estas duas deidades são muitas vezes vistas como facetas de uma divindade panteísta maior, ou que se manifestam como várias divindades politeístas. A Wicca também envolve a prática ritual da mágica, em grande parte influenciada pela magia cerimonial do passado, muitas vezes em conjunto com um código de moralidade liberal conhecida como a Wiccan Rede, embora não seja uma regra. Embora algumas tradições adorem o celta Cernunnos, símbolo da virilidade, e por vezes seja confundida com Satanismo, os wiccanos não crêem em Lúcifer ou em Satã.

Existem diversas tradições dentro da Wicca. Algumas, como a Wicca Gardneriana e a Alexandrina, seguem a linhagem iniciática de Gardner; ambas são frequentemente denominadas de wicca tradicional britânica, e muitos dos seus praticantes consideram que o termo "Wicca" possa ser aplicado unicamente a elas. Outras, como o cochranianismo, Feri e a Tradição Diânica, tomam como principal influência outras figuras e não insistem em qualquer tipo de linhagem iniciática. Alguns destes não usam o termo "Wicca", preferindo "Bruxaria", enquanto outros crêem que todas estas tradições podem ser consideradas wiccanas.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wicca

Tradições Wiccanas


Gardneriana

A tradição Gardneriana surgiu com Gerald Gardner. Trata-se, muito provavelmente, da tradição Wiccan mais antiga dos E.U, excluindo as tradições poplares e familiares. Exportada da Inglaterra no ínicio da década de 60, é uma tradição muito estruturada, hierárquica e ligada aos mistérios. Tme três graus, ou níveis de estudo. É uma tradição iniciática, o que significa o seguinte: para que uma pessoa se torne Gardneriana tem de ser tornada Gardneriana por outra, numa cerimónia específica. O Gardnerianismo tem uma linhagem, que é uma espécie de árvore genealógica que revela quem iniciou quem na tradição. O acesso aos seus ritos, bem como ao conteúdo do seu livro das sombras, está sujeito a juramento, o que significa que são secretos e apenas podem ser revelados a outros membros da tradição. Os Gardenerianos estão nus nos seus rituais, e comemoram os oito sabbats.

Alexandrina

A tradiçao Alexandrina baseia-se no trabalho de Alex Sanders, que foi iniciado como feiticeiro no início da década de 60. Sanders também foi um mago cerimonial que influenciou algumas das práticas da tradição. A tradição Alexandrina tem muito em comum com a Gardeneriana. Os Alexandrinos celebram os oito sabbats, têm uma hierarquia de três graus, e podem estar nus ou envergar túnicas nos seus rituais. O Alexandrismo também é uma tradição iniciática, de linhagem, e também nela o acesso ao conhecimento está sujeito ao juramento.

Feri

A tradição Feri foi funda por Victor e Cora Anderson no início dos anos 70. Os Anderson tinham experiência numa vasta gama de práticas pagãs, que condensaram nesta nova tradição. A tradição Feri tem as suas raizes na magia Apalachiana, entre outras, e também é uma tradição iniciática, mas apenas com um grau. A transmição de uma parte do su conhecimento é sujeito a juramento. Os seus membros trabalham em assembleias ou isoladamente, e celebram os oito sabbats.

Diânica

A tradição Diânica teve a sua origem no movimento femenista. Em 1976, Zsuzsanna Budapest escreveu um livro com o título The Femenist Book of Lights and Shadows , no qual se inspirou esta tradição. Este livro foi posteriormente reeditado sob o titulo Holy Book of Women's Misteries. Os Wiccans Diânicos praticam em círculos estritamente femininos e veneram apenas divindades femininas.

Wicca - Thea Sabin - rituais e feitiços de magia para o dia a dia - Pergaminho


Reconstrucionismo


No politeísmo, o Reconstrucionismo Politeísta é uma metodologia que tenta colocar a prática religiosa de base moderna com a mesma autenticidade cultural e histórica das práticas religiosas antigas. O termo é normalmente utilizado nos Estados Unidos para diferenciar os movimentos neopagãos sincrético do eclético e daqueles baseados em tradições, textos, história e mitologia de uma antiga cultura politeísta específica.



Em contraste com as tradições ecléticas, os reconstrucionistas estão bem orientados culturalmente e tentam reconstruir formas históricas de paganismo num contexto moderno. Por isso, os reconstrucionistas (helénicos, romanos, keméticos, celtas, germânicos, bálticos, eslavos) tem como objectivo o renascimento das crenças e práticas históricas da Grécia Antiga, Roma Antiga, do Antigo Egipto, dos Celtas, povos Germanos, Bálticos e Eslavos respectivamente.

Fonte: .http://pt.wikipedia.org/wiki/Reconstrucionismo_Hel%C3%AAnico

Asatru


O Asatru baseia-se nos Eddas nórdicos e noutras fontes, tendo sido estabelecido nos E.U. em 1973, embora tenha as suas raízes na Islândia. Os seus sacerdotes chamam-se gothi, e as suas sacerdotisas são as gythia. Os praticantes de Asatru trabalham essencialmente com Deuses nórdicos. Não celebram obrigatóriamente os oito sabbts, apesar de alguns ritualizarem o Yule e o Ostara. Alguns celebram um dia sagrado chamado Winternights, no Outono. A transmissão dos ensinamentos do Asatru não obrigam a juramento.


A VELHA RELIGIÃO PENINSULAR


 

Em cada região, uma Divindade; a cada espírito Criador o seu espaço! É o culto aos Deuses destas terras, tradição antiga mas renovada sem contudo fugir aos conceitos e preceitos do antigamente. Os nossos ancestrais adoravam os seus Deuses com cultos diferenciados entre tribos e regiões e amavam e respeitavam os lugares e espíritos da natureza, colhiam e caçavam com bravura e respeito.
No passado, a Península Ibérica foi palco de influências de vários povos entre eles os Celtas - daí o rótulo de Celtibero, mistura de povos Celtas e Ibéricos - , e os Fenícios e Cartagineses, depois Romanos e mais tardiamente entre outros, Suevos e Visigodos. As nossas Divindades nunca se mesclaram totalmente com as dos povos invasores.
Como Ibéricos temos uma tradição muito Ancestral na qual muitas das práticas exteriores, o culto dos adoradores vulgo povo, foram absorvidas pela religião católica surgindo mais tarde em épocas festivas tais como o Entrudo, Pascoela e Natal, nada mais que as datas aproximadas das festas que foram palco dos nossos Deuses. No entanto, os mistérios sempre permaneceram no segredo das Senhoras, dos Akerras, das Jãs e dos Naimen. A adoração e o Ritual dos Deuses Peninsulares têm a ver com a Arte Antiga, hoje chamada Tradicionalista.
O espírito religioso dos romanos baseava-se na importação dos Deuses das várias regiões conquistadas e, assim como quiseram absorver os poderes das tribos, assim pensavam os nomes dos Deuses locais e os aplicavam conforme as conveniências, sem contudo neles existir o verdadeiro sentido mágico-religioso. Assim aconteceu com a nossa Deusa Atégina que, após a romanização, virou Próserpina, nome deveras conhecido na mitologia romana, mas que muito antes de Roma se instalar já os povos locais conheciam a lenda da descida da Deusa aos mundos inferiores, só que de outra forma. Aliás, este mito é comum à alma grupo universal do Neolítico ao Calcolítico e decorrentes.
E, cinco séculos antes de Roma, haviam já chegado os Gregos e Fenícios e, posteriormente os Cartagineses que não nos forçaram a Religiões impostas, mas foram bastantes influentes na passagem de segredos e mistérios aos Sábios tribais dos Santuários primitivos, já existentes na Península. Não nos poderíamos alhear também da importância trazida pelas culturas Fenícia e Grega e cuja cultura resplandecente causou assombro e respeito aos povos nativos do litoral com os cultos de Baal Merkart e de Tanith de Cartago, outrora cultuados na Nazaré, entre outros...
A nossa Tradição tem uma ancestralidade reconhecida num vasto panteão autóctone, quase livre de influências exteriores, e nos variadíssimos vestígios históricos, que cada vez mais surgirão à luz dos homens.
O Panteão Ibérico é rico e tribal. As divindades que cultuamos, existem nas antigas regiões da Bética, da Lusitânia e da Calaecia.


Rituais